segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Consumidor consciente só no Primeiro Mundo?

Artigo escrito para o site www.cafepoint.com.br

Quando falamos em comércio justo no Brasil, logo vem a referência às associações e cooperativas, da agricultura familiar, que exportam matéria-prima com o selo FairTrade para serem industrializados e comercializados em países desenvolvidos. A justificativa é que lá existe uma consciência social e ambiental avançada e a procura por produtos sustentáveis é crescente, certo?

Sim, até pouco mais de dois anos era assim que consultores, palestrantes e produtores discutiam o tema, certificação FairTrade não era para o consumidor brasileiro, nossos consumidores não estão dispostos a pagar mais por um produto de qualidade, cultivado com respeito aos direitos das pessoas, diziam alguns. Nossas empresas e agroindústrias não se preocupam com a sustentabilidade da cadeia produtiva, diziam outros.

A boa notícia é que esse cenário vem mudando rapidamente, e o consumo de produtos com o selo FairTrade é uma realidade no Brasil. O que abre uma série de oportunidades e desafios para o setor.

Após dois anos de trabalho promovendo o consumo e adesão de empresas ao movimento do comércio justo, além de ações de conscientização sobre o tema, atualmente temos a convicção de que o FairTrade é sim uma demanda crescente no Brasil, é aquilo que todos estavam buscando, um programa sério que garante a sustentabilidade no campo e a confiança do consumidor.

Grandes, médias e pequenas empresas já estão percebendo a força do movimento e buscam colar suas estratégias neste caminho. Mas o consumidor consegue identificar isso? O Consumidor brasileiro sabe o que é FairTrade?

Segundo dados do FairTrade UK, mais de 70% da população da Grã-Bretanha já ouviu falar sobre o comércio justo e aproximadamente 50% já comprou produtos com o selo. Se aplicarmos essa pesquisa no Brasil, teremos números insignificantes, embora crescentes. Mas, então, porque digo que o FairTrade já é uma realidade?

Utilizando a metodologia sugerida por representantes do FairTrade a estratégia adotada no Brasil, para garantir mercado e o consumo de produtos de comércio justo está focada no varejo e não no consumidor final, ou seja, o objetivo é garantir que pequenas, médias e grandes redes de supermercado façam a adesão ao movimento abrindo espaço nas gôndolas para os produtos de comércio justo.

De nada adianta conscientizar toda a população se o produto não estiver disponível, é bem verdade que também não se sustenta apenas colocar o produto no mercado sem reforçar quais os seus diferenciais, essa ação é uma responsabilidade compartilhada entre associações/cooperativas, empresas do setor varejistas, além de instituições, ONG's e voluntários que acreditam no movimento.

Com essas medidas o FairTrade ganha espaço, pois a procura de empresas pelo uso do Comércio Justo é grande e no próximo artigo, vamos falar do passo a passo para obter a licença para o uso da Marca FairTrade. 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Mel Fair Trade em Poços de Caldas

Agora é Oficial.

Mel Fair Trade e orgânico da Casa Apis também está disponível para os consumidor de Poços de Caldas.

O produto é mais um a compor a cesta de produtos de comércio justo em Poços de Caldas.

Você pode encontrar os produtos da Casa Apis na gondola exclusiva de produtos Fair Trade no supermercado San Michel.

A Casa Apis:

A organização guarda-chuva Casa Apis reúne várias cooperativas produtoras de mel nos estados nordestinos brasileiros do Piauí e Ceará. Esta região caracteriza-se por grandes questões econômicas e sociais, incluindo a pobreza e a fome, as altas taxas de mortalidade infantil, baixos salários e uma concentração desproporcional de renda e de terras.

Nesta região semi-árida assolado por secas, a agricultura ainda é a principal fonte de renda da família . Mas a incapacidade de manter a subsistência da família através da agricultura faz com que muitas pessoas a migrar para as grandes cidades. Moradores sofrem mais durante os verões quentes e secos. Várias ONGs e universidades locais identificaram a apicultura como uma oportunidade para melhorar os padrões de vida nesta área.

Em 2003, as cooperativas se reuniu pela primeira vez em uma reunião organizada e financiada pelo Ministério da Agricultura. Apicultores enfrentavam muitas dificuldades neste momento e a concorrência entre si para o mesmo mercado diminuía
drasticamente o valor do seu mel.

Os atravessadores de mel da região também enfraqueciam as cooperativas, comprando mel diretamente do produtor e a preços muito baixos apenas para garantir-lhes uma imediata e pequena  renda.

Também nessa época, os métodos de produção de mel não estavam de acordo com o Ministério das necessidades da agricultura. Havia uma necessidade óbvia para unificar as cooperativas, a fim de melhorar as condições e depois de meses de discussão, análise e criação de um centro de tecnologia, Casa Apis foi fundada em 2005

Desde então, a organização tem treinado uma miríade de apicultores e inspecionados seus apiários. Em maio de 2008, a instituição recebeu o Selo Federal (SIF), do Ministério da Agricultura que garantiu a produção de mel concedido com exigências do governo. Em março de 2009, a organização recebeu certificações tanto do comércio justo e certificação orgânica.

Hoje a  Central de Cooperativas Apícolas do Semi-Árido Brasileiro, Casa Apis, é um centro de processamento que envolve 1.500 apicultores.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Suco FairTrade Presente em grandes redes de Poços de Caldas



Os sucos FairTrade Direto da Fruta, da cooperativa de agricultores familiares COAGROSOL, podem ser encontrados nos supermercados discriminados abaixo:

San Michel – Lojas:
Loja 1: Rua Pernambuco, 1000 – Centro
CEP: 37701-021
CNPJ: 19.709.344/0001-00
Loja 2: Rua Correa Neto, 554 – Centro
CEP: 37701-016
CNPJ: 19.709.344/0002-83
Loja 5: Rua Junqueiras, 530 – Centro
CEP: 37701-033
CNPJ: 19.709.344/0008-79
Vila Sul – Loja do shopping



Estaremos fazendo um trabalho de panfletagem e degustação nessa sexta-feira e sábado dias 05/09 e 06/09 nessas lojas citadas acima.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Primeira usina de açúcar orgânico com selo Fairtrade é inaugurada no Paraguai

Cooperativa agora possui controle de toda a cadeia produtiva. Redução de custos e melhorias na qualidade do produto são as principais vantagens


Wellington Bernardes, Da Redação
Líder em  açúcar orgânico com selo Fair Trade na América Latina, o Paraguai avança em sua meta de obter uma produção açucareira sustentável e socialmente justa.  O país é o primeiro no mundo a possuir uma usina que produza somente açúcar orgânico com certificado Fairtrade.
fair
A unidade inaugurada na semana passada, dia 23, está localizada em Arroyos y Esteros, distrito de Cordillera, no Sudeste do país. Nesta região, a cooperativa Manduvira virou referência mundial na produção de cana-de-açúcar orgânica com certificação social, a produção dos 1750 cooperados já possui demanda em mais de 19 países do mundo.
Com a participação de aproximadamente duas mil pessoas, a maioria envolvida na produção da cana certificada, a região que possui 20 mil habitantes, reuniu líderes políticos e agentes que promovem a comercialização de açúcar no mundo.  O ministro do Comércio e da Industria do Paraguai esteve no local e demonstrou entusiasmo com o desenvolvimento regional de Maduvira. “Isso é o que queremos ver, produtores pensando grande”, afirmou. Monika Berresheim-Kleinke gerente global de produto para açúcar da Fairtrade Internacional, participou da solenidade e parabenizou os paraguaios pelo grande avanço realizado. “Congratulações à cooperativa! Que agora possui grande controle em toda a cadeia de valor do produto, assegurando que mais os benefícios permaneçam na comunidade” , disse em seu discurso.
 A usina terá aproximadamente 200 funcionários, que incluem nesta equipe filhos dos agricultores fornecedores da cana com selo Fairtrade, uma vitória para a população, que via as gerações mais novas migrarem para reg
iões com maior desenvolvimento urbano, devido a falta oportunidades, estes encontravam trabalho e melhores condições de ensino na capital, Assunção, e não retornavam mais.  “A cooperativa criou novos trabalhos para a região. Agora a usina proporcionará novas oportunidades para mebros e não mebros, emglobando toda a comunidade”, explicou Teresa Alejandra Pereira,  secretária executiva da cooperativa e filha de agricultor com 3 hectares de cana.
A cooperativa mandava a produção para uma usina a 100 quilômetros de distância, o que encarecia o produto final. Com a unidade próximas às fazendas, será possível reduzir custos, aumentar o controle do processo e as vendas. A expectativa dos cooperados é que a qualidade do açúcar produzido melhore, pois o tempo de espera para o processamento da cana cortada será reduzido.
A cogeração está inclusa nas atividades da usina, que será autossuficiente. A cooperativa aguarda autorização para fornecer energia para as regiões próximas.
Fonte: Jornal da Cana